Depressão refratária: sintomas, causas e tratamentos

A depressão é uma árdua batalha conhecida e vencida por muitos. Mas, há casos em que ela se mostra especialmente resistente, o que é chamado de depressão refratária. Neste artigo, vamos explorar o que exatamente é esta depressão resistente a tratamentos, como diferenciá-la de outros tipos de depressão, quando costuma surgir e quais recursos estão disponíveis para dar um novo impulso ao tratamento.

O que é depressão refratária?

A depressão refratária ocorre quando os sintomas depressivos persistem, apesar de diversas tentativas anteriores de tratamento. É como se a depressão resistisse às abordagens convencionais e se mostrasse particularmente teimosa. Isso pode ser desafiador tanto para quem está lutando quanto para os profissionais de saúde que buscam maneiras de ajudar.

Assim, o diagnóstico da depressão refratária pode chegar muito tempo depois do início dos sintomas, gerando prejuízos, desgastes e uma longa peregrinação através da mudança de medicações e abordagens psicoterápicas. Se você ou alguém que conhece tentou diferentes tratamentos sem alívio duradouro, é um sinal para considerar a possibilidade de depressão refratária.

O que causa a depressão refratária?

A origem exata da depressão refratária permanece desconhecida. Contudo, se percebe a influência de fatores genéticos e ambientais, como estilo de vida e exposição ao estresse. 

Os sintomas são os mesmos da depressão comum, como sentimentos contínuos de tristeza e desesperança, redução do interesse em atividades que eram prazerosas, modificações nos padrões de sono ou apetite, dificuldades de concentração e tomada de decisões, fadiga persistente, autoestima diminuída, além de pensamentos relacionados a suicídio ou morte.

Vale salientar que a depressão refratária não é indicativa de fraqueza ou falta de determinação, mas sim um sinal de que abordagens convencionais não estão alcançando resultados e que terapias mais abrangentes podem ser necessárias.

Como tratar?

Para os que acharem que estão nesta condição, há esperança! Quando diagnosticada, o psiquiatra poderá prescrever diferentes tipos de antidepressivos e indicar técnicas de tratamento que tem apresentado excelentes resultados, como a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), a Terapia Eletroconvulsiva (ECT) ou sessões de aplicação de cetamina.

A EMT, também conhecida como Neuromodulação,  é uma técnica que ocorre em consultório, onde o médico aproxima uma bobina que irá disparar pulsos magnéticos com objetivo de estimular ou inibir as atividades cerebrais de uma determinada região. Tem uma duração média de 15 a 20 minutos é liberado sem nenhuma restrição após a sessão.

Já a ECT é um procedimento mais complexo, realizado em hospital e o paciente recebe anestesia geral. No procedimento são colocados eletrodos em regiões específicas da cabeça para o paciente receber pequenas descargas elétricas, que irão estimular uma crise convulsiva. Esta técnica data de 1930 e já foi conhecida como eletrochoque. Pelo seu histórico de efeitos colaterais negativos no passado, até hoje carrega muito preconceito, apesar de ainda ser o procedimento com mais sucesso nos casos muito graves de depressão. 

Inovações tecnológicas.

Mais recentemente, foi descoberto que a aplicação de uma substância anestésica em baixas doses, a cetamina (ou ketamina) agia de forma mais eficaz do que as classes de antidepressivos existentes. O tratamento consiste em aplicações intravenosa ou nasal, em consultório médico, onde o paciente é monitorado durante a ocorrência dos efeitos colaterais que geram alterações visuais e sensação de estar fora do corpo. Depois da sessão, que pode durar até duas horas, não é indicado que o paciente vá para casa sozinho.

A indicação de cada recurso dependerá da gravidade do caso, como em situações de risco de suicídio recorrente e quadros onde o paciente perdeu a capacidade de reagir (catatonia).

A depressão refratária pode ser uma jornada difícil, mas não precisa ser uma jornada solitária. Reconhecer os sinais, buscar ajuda de profissionais experientes e estar aberto a abordagens alternativas são passos importantes. Com as opções de tratamento disponíveis e um suporte adequado, é possível enfrentar e trabalhar em direção à recuperação.

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